segunda-feira, 6 de julho de 2009

* JULHO de 2009 - Minhas viagens à Noruega e às Ilhas Gregas, sem passaporte, em pleno inverno de Florianópolis, Torres e Porto Alegre.

...

Ar

Boca de tanto mar
Louca de tanto amar
Rouca por silenciar
Água para lavar:

as almas
as calmas
as palmas

Luas de todas as cores
Luas para curar as dores
Luas enfeitando as flores
Água para lavar:

os jardins
os confins
os fins

A linha

Toda a linha rompe
para alinhar cacos e
descobrir fatos
embaixo do tapete
toda a linha tem sede
quando o deserto se rompe
quando o grande amor "é longe"
quando a pergunta mais exata "é quando"

Sentimento

Ontem dormi sonhando,
era teu beijo na madrugada,
suave e ao mesmo tempo intenso,
lembrança de bons ventos...

Música nova : Téo Carneiro - Edike Carneiro -

Calor de Inverno

D C9
Sutilmente diga
G/B
Que a calefação pifou
E me abrace
G
Nem disfarce

D C9
Pois minha temperatura
G/B
Está de olho na tua
G
E agora... sua

A segunda pessoa do singular
Está nua
Na lareira dois corpos
Brincam de queimar
E uma nuvem feito neve
Em G
Nos aproxima

Em G

D C9
Agora não adianta
Diga tanto
G/B
Que eu sou teu canto
G
Não fale “destino”
D C9 G/B
Vem esquentar teu corpo na noite fria
G D
E tem um porto que arde na ilha
C9 G/B G
D C9 G/B G
Que alucina
D


DECLAMADO (faz parte da música)


O inverno permite nós
E tudo pode ser agora
Encantadoramente
As lágrimas e as respostas
Surgem como vinhos
E tua face rosada
É a cor exata da armadilha


Do reinício

E veio a primavera e o verão juntos em pleno inverno.

Depois de algumas palmadas, o renascimento.

Leia agora o capítulo um.

A eternidade

A eternidade não precisa de fala, é um vento que beija, uma água que banha, uma lembrança que age, um coração que ama... Há braços de vinhos com Cartola e Noel.

Um frio

Tinha n’alma um frio
Que gelava cada ato
E cada palavra
Um arrepio de medo
Um gelo e um segredo
Que não deixavam o sonho virar fato

O amor precisa ficar bem
O amor precisa fazer sorrir

Procuro um mundo, um corpo
para me esquentar, para ferver a minha vida

O que Chico já tinha escrito

Beijo feito tatuagem
Nessa viagem
Nessa história de amor
O que era paixão
Virou miragem
Nesse deserto
Nesse teatro
O que era encantamento
Virou sede
Virou fome
E nossas bocas já não tinham
nenhum alimento

Beijo feito tatuagem
Agora só para recordar
E eu não sonho mais
com o que não tem jeito

Um coração aberto,
ferido,
tantas lágrimas
em pouco mar

Guardar

Preciso demonstrar para mostrar o querer que tenho e não se vê
Parece simples, ingênuo, fácil
Parece um simples toque, uma palavra na hora certa, um estalo

Preciso contar que quero abraços, beijos e conversas fiadas pela madrugada, regadas a vinho e risos

Preciso nesse exato momento uma amiga amante ardente e humorada

Definitivamente me vejo sincero

E não vou guardar mais palavra nenhuma, nem calar minhas vontades, com receio que meu rosto fique rubro.

A falta

A mão que feriu sem motivo
Agora quer acalentar
Escuto um uivo
Em meio a belas palavras e carinhos sem cor

Decididamente teu ato é desespero de perda
O que tinhas inteiramente agora nem vês
Nem linhas, nem voz

Prossigo
Preciso começar a viver
Meus quarenta e tantos anos me dão ainda um tempo

Preciso de beijos sinceros
Parcerias e banhos de mar
Mar e violão

A simplicidade beija a felicidade e se completa


Notícias

Fiquei sabendo do que eu queria saber pela tua boca por um fulano amigo do beltrano conhecido do cicrano e ali rompeu a última linha que nos ligava

Arrebentada pela falta de consideração e assim me vi liberto de um acorrentamento imposto por situações que eu não quis

(Podes ser agora muito feliz, clama Quirina e o olhar atento de Dolores me faz abrir um largo sorriso).

Romper

O sol rompe
O sol some
O sol alimenta
O sol é fome

Quebras

Feche a porta sem bater
Deixe a chave embaixo do tapete
Nossa vida já está lá

Partimos sem nos conhecer
Corríamos sem chegar
Nunca fomos um par
Nunca ficamos sem ar

Nem tantas fotos temos

Sobre o mar

Tinhas em mim um barco que te protegia dos perigos do mar e assim conhecias somente o que há de bom em navegar e viajavas feliz

Errei sim em não te ensinar a nadar, em não te falar dos naufrágio

Para amar é preciso navegar sob qualquer tempo


Nada trazia melhor minha distância do que o teu olhar longe


Quem nos via junto não nos enxergava
A invisibilidade do outro fazia parte do cotidiano

Não me venha agora falar de “morrer de amor” e que “não te vês sem mim”
Vazio

O que mais dói em nosso fim
É não ter o que contar
Nunca passamos nada juntos

Das cartas

O que se fazer depois de ler a primeira vez uma carta de “fim”?

Ler a mão e suas linhas?

Ler as entrelinhas de suas frases?

Ler a música que não havia?

Ler o que nunca fora traçado?

Ler somente o que continha?

Ou deixá-la no meio do livro, para ser encontrada, bem mais tarde, amarelada e assim sentir saudade sem mágoa?

Do precisar

Quero um amor novo
Sem vícios ou com todos eles em parceria
Sem artimanhas ou com elas no café da manhã
Sem segredos maus, só com segredos bons

Quero um amor sem passado ou com ele
livre e claro
Sem desmaios ou só com desmaios de emoção

Quero quem eu nunca vi
Para olhar o futuro com paixão

Das mentiras

Teu olhar dizendo o que sempre disse e tua fala dizendo “e cuida”

Alguma coisa não combinava
Talvez já estejamos em outros mundos

(minha mágoa não é não tê-la, minha mágoa é um dia pensar que ative)

Um tronco no meio de uma inundação vira barco...


Contramão

Não há ninguém
Não tenho ninguém
E meu querer busca
E o teu querer não vem


Um frio

Tinha n’alma um frio
Que gelava cada ato
E cada palavra
Um arrepio de medo
Um gelo e um segredo
Que não deixavam o sonho virar fato

O amor precisa ficar bem
O amor precisa fazer sorrir

Procuro um mundo, um corpo
para me esquentar, para ferver a minha vida


O que Chico já tinha escrito

Beijo feito tatuagem
Nessa viagem
Nessa história de amor
O que era paixão
Virou miragem
Nesse deserto
Nesse teatro
O que era encantamento
Virou sede
Virou fome
E nossas bocas já não tinham
nenhum alimento

Beijo feito tatuagem
Agora só para recordar
E eu não sonho mais
com o que não tem jeito

Um coração aberto,
ferido,
tantas lágrimas
em pouco mar

Guardar

Preciso demonstrar para mostrar o querer que tenho e não se vê
Parece simples, ingênuo, fácil
Parece um simples toque, uma palavra na hora certa, um estalo

Preciso contar que quero abraços, beijos e conversas fiadas pela madrugada, regadas a vinho e risos

Preciso nesse exato momento uma amiga amante ardente e humorada

Definitivamente me vejo sincero

E não vou guardar mais palavra nenhuma, nem calar minhas vontades, com receio que meu rosto fique rubro.

A falta

A mão que feriu sem motivo
Agora quer acalentar
Escuto um uivo
Em meio a belas palavras e carinhos sem cor

Decididamente teu ato é desespero de perda
O que tinhas inteiramente agora nem vês
Nem linhas, nem voz

Prossigo
Preciso começar a viver
Meus quarenta e tantos anos me dão ainda um tempo

Preciso de beijos sinceros
Parcerias e banhos de mar
Mar e violão

A simplicidade beija a felicidade e se completa


Notícias

Fiquei sabendo do que eu queria saber pela tua boca por um fulano amigo do beltrano conhecido do cicrano e ali rompeu a última linha que nos ligava

Arrebentada pela falta de consideração e assim me vi liberto de um acorrentamento imposto por situações que eu não quis

(Podes ser agora muito feliz, clama Quirina e o olhar atento de Dolores me faz abrir um largo sorriso).


Romper

O sol rompe
O sol some
O sol alimenta
O sol é fome

Quebras

Feche a porta sem bater
Deixe a chave embaixo do tapete
Nossa vida já está lá

Partimos sem nos conhecer
Corríamos sem chegar
Nunca fomos um par
Nunca ficamos sem ar

Nem tantas fotos temos

O "X"

O valor do X pude ver que é relativo, tem a ver com a língua portuguesa também, o valor do X passa pelo sujeito e seus predicados... e o tempo é um pretérito as vezes não tão perfeito ou mais do que perfeito assim...é a segunda pessoa do plural precisa de toques e palavras.

Tuas palavras na minha vida
(Uma pequena crônica para dizer o quanto me fascinas)

Tem uma flor no meio da noite
Perfume, encantamento, convicção
Convido-a para um jantar a luz de velas,
Aquarelas,
Convido-a para dançar, luares e janelas
Noites de tatuagens e banhos e nudez
Como a vida fosse uma eterna aventura,
Uma moldura com um desenho erótico
E uma música de Candeia
Flertar com inteligência e alquimia
Tuas palavras
Fontes de inspiração da minha poesia

Modos

Ao meu entender era entardecer
E o amor ficava assim tão tarde

Um corpo sem paixão à morrer
E o outro corpo à arder

E a vida assim só arde

Pois, já fomos dois em algum lugar


Do olhar

Teu olhar sem linho
não é terno,
nem faz ninho.


Da viagem

Ando sem norte,
mas fim de amor
não é morte.
Depois da dor.
Boa sorte.


Da disputa e do jogo da palavra

Fora do jogo.
Out.
Black out.
Eu digo – amante.
Mais adiante é um lugar que jamais chegará.


Da tecnologia

Noite fechada.
Só vejo luar numa mensagem de celular
e é crescente.


Do ultimato

No último minuto da última hora
Tua face cora e diz sim

Mas agora não existe mais nada,
Nem vaso,
Nem flor,
Muito menos, jardim.


Do alimento

O que morre agora sabe
O que há de ter vida depois.

Não afirma que um mais um é dois,
o destino não nega,
apenas agrega o acaso ao feijão com arroz.


Da flor

Vez por outra
Vou ao Distrito Federal
Só para fazer luar para uma flor
que nasce agora no planalto.

Sei, é uma viagem minha, mas tal flor
sempre foi meu salto.
Da inércia a vida.
Do sonho ao ato.
(Quirina, não te darei explicações).


Da lâmpada

No semáforo
Uma proparoxítona
Toma conta do trafego


Do amor

O valor do x
nesse exato momento
foge do já.

O amor assim chama o destino
de xará.

Entender é um beijo.


Da complicação

é notório o aleatório
escolhe o óbvio nas incertezas

o acaso também beija a certeza
e o nunca mais, casa.

Da rima

Um pingo de chuva
Molha a luva
E bingo
A rima pode ser um disfarce

Da cor

A foto amarela
O sorriso tão claro
A vida azul
Num amor tão verde
Ah... ganhei de presente uma aquarela.
Muito obrigado, Quirina.

Amor de imensidão

Muita luz no teu dia...
Muito porto no teu mar...
Muito amor na poesia...
Muita estrela no teu ar...

Muita presença na ausência
Muita certeza na imensidão
Muita flor no pensamento
Muito existir no coração


Outono

O tempo tem longos braços,
vão-se as folhas dos calendários e caem feito outono,
mas de repente voltam e abraçam de novo...



Recebi este email de minha irmã, a Márcia, e compartilho minha felicidade com todos vocês.

Motivo...‏
De: Marcia Alves Carneiro (marciacarneiro17@hotmail.com)
Enviada: terça-feira, 7 de julho de 2009 10:00:49
Para: edike_rs@hotmail.com

Não há muitas palavras... É lindo demais. Uma declaração mesmo.
Parece que ali, tu consegue lavar tudo, nos pingos da chuva.
Tua poesia pisa em calçadas molhadas e conta os escorregões e a garra que se tem que ter pra levantar.
Os dias nublam sim, mas peraí... essa é a forma.
Ali tu desejava o sol tb, e deixava claro sob qualquer tempo, que merecia amar mais.
Fez a feira em qualquer dia da semana, queimou feito a quarta-feira de cinzas, se juntou, se recompôs sempre, olhou, viu, e a vontade de continuar e a certeza do sutil e o quase covarde medo sumiram... nada te derrubou. Pelo contrário. Tudo te manteve e esse amor te fazia renascer cada vez que teu chão sumia. Sutil a maneira de tudo. Só um poeta pra fazer a gente visitar e ter idéia. Fez não doer mais a dor que tinha. Amar não pode ser doloroso mesmo.
Acho que são sinais.

Tô ctgo sempre. E acho que tudo vale à pena, qdo é verdadeiro e imenso na tua alma!!!! E é.

Te amo. Perdão se não consigo "o sobre". Mas quando fico assim, de cara com tanto, as palavras brincam, se escondem de mim...me espiam e dão risada da minha cara... Mas como conto com a tua leitura e olhar de poeta...arrisco...
Bj amado.
Até.
Márcia Carneiro.



Beijos

Beijo feito pão
Beijo feito água
Beijo que deságua
E alimenta o coração

Beijo feito grão
Beijo feito café
Beijo que lê
As entrelinhas do coração

Beijo feito mar
Beijo feito rio
Beijo que desafia
Meu coração em desafio

Beijo que me prende
Beijo sem pressa e sem tempo
Beijo que assim rende
Outros beijos, outros alimentos


Viagens

Preparo já meu roteiro
Pois a certeza da viagem é segura
Já sei quem vai comigo
Já sei dos meus sorrisos e gozos
Já conheço o que fazes em mim
Minha viagem começa agora
Para nunca mais ter fim



Pirlimpimpim

Não tem fim
Não tem fim
Não tem fim

O que dura tanto é encanto
O que dura tanto é caminhar
Paixão que compõe um canto
E que nos faz rir
Amor para não tem fim
Nuvens e Amores

Nuvens de chuva
Nuvens de sol
Frio e nudez
Calor e luva



Minha lua

Uma semana sem lua
Uma semana sem rota
Embarcações perdidas
Corações à deriva

Afogamentos de mágoas
Lemes, remos e lágrimas

Quarta-feira tem lua cheia
Adormeço e sonho com ela
Quando desperto vejo a lua
Suspirar e voar pela janela