domingo, 31 de dezembro de 2017

Harmonia, compreensão, bom senso,
respeito e muito amor

TODOS OS DIAS

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Simplicidade

Vivo na certeza que o simples é tudo e é tanto
Perco-me nessa verdade, é assim meu canto
Procuro a sensatez, a coerência e o aprendizado
Perco-me, de vez, nesses caminhos
A nuvem escurece e a tormenta se agiganta
Faz arte, faz parte
Sei que o que eu entendo por compreensão
Muitas vezes não é entendido
Aquele livro que sabemos da história,
Mas que nunca foi lido
Sei que a paz e a tranquilidade que quero se aproximam
A casa está pronta para a chegada delas
Nas entrelinhas conto tudo da minha vida
Poucos leem
(Entenda, este sufoco que passo é meu alimento
Sempre fui forte, sempre fui leal
E vejo o sol qualquer que seja o tempo das manhãs)




sábado, 23 de dezembro de 2017

As emoções chorando
minha alma quase quarando
tal roupa no varal de casa
deixa o sol
deixa o sol
invadir minha asa

domingo, 17 de dezembro de 2017

Um corpo e uma alma cansados
Ficam fora de controle
Em tempos de sentimentos remotos

Uma vela sem vento não é sinônimo de calma
É preciso que uma resposta venha do mar
Pés e asas necessitam, de vez em quando, viajar
A lógica é chata
Ferrugem sem sentimento é lata
Quem não quer nada, cata
Quem quer tudo, ataca
Vampiro sem medo beija a estaca
O exato é mato
Num brejo sem vaca

domingo, 10 de dezembro de 2017

Linhas e lanhos

O mundo continua a olhar as pessoas que habitam o mundo sem entender e as pessoas que habitam o mundo acham que destruir o mundo é aprender. Nossos males são as pessoas, infelizmente, estão falidas moralmente, estão a esperar uma oportunidade “de se dar bem” e por querer esse objetivo fazem tudo.  Precisamos salvar o mundo, cuidar da natureza, dar esperança aos nossos filhos, mas a “natureza” das pessoas é destrutiva e egoísta. 

O tratamento que o mundo dá as nossas mulheres é deplorável, assim também como com os índios, homoafetivos, negros, e tantas outras pessoas que possuem o direito de viver a vida como quiserem. Falta amor. Falta diálogo. Falta vergonha na cara. Falta entender se essa loucura continuar, faltará tudo. 

Somos fantoches, bebemos a verdade da web, nossas leis são o que as grandes redes de comunicação relatam e assim vamos morrendo aos poucos. “Sobre ontem” me rendeu várias mensagens que me fizeram sorrir e outras tantas que me fizeram temer. A sensação de estar sozinho é de arrepiar. Tantas vezes tive oportunidade “ de me dar bem” e por seguir o que minha mãe e o meu pai ensinaram fui integro, fui leal. 

Durmo com a cabeça no travesseiro tranquilo. Obviamente que paguei muito por isso e ainda pago. Agradeço todos os dias os amigos fiéis que tenho. Não é fácil ser coerente. É desgastante ser verdadeiro.


quarta-feira, 6 de dezembro de 2017



Sobre ontem

Na minha fala não cabe outra boca que não seja a minha
Não sou guri de recados
Sei que a vida é um aprendizado
E lapidação

A verdade não deve ser segredo
Que fique claro
Já me assustei muito na vida e resisti
para agora ter medo
Fomes                                                                                                 

Era inevitável a queda
frente ao vazio que se fazia
era café sem bolacha, sem fatia
era fome o que o coração mostrava e dizia

Era inevitável o pranto
frente ao exposto
era lição sem cartilha
era um mar imenso sem nenhuma possível ilha

Era inevitável o fim
frente ao penúltimo capítulo que se escrevia
era final feliz sem nenhum par
era romance sem nenhuma poesia


A fome comia...
Morde, assopra e cura      

Amo sempre como nunca.
Ainda é cedo para amar tarde.
Paixão é mercúrio.
Amor é mertiolate.


De surpresa

Vou me disfarçar de nunca mais para pegar o amor de surpresa...
Talvez assim ele apareça...
Margens

Nas margens do teu rio eu mergulho sem medo
neste momento
não tenho frio
não tenho dúvida

não tenho segredo
Luas
           
Repartiram os traumas, juntaram as camas, as coxas, as crises.
Alugaram um quitinete.
Compraram fogão, geladeira e uma garrafa de vinho branco.
Trocaram olhares maliciosos, penduraram um quadro, 
contaram até quatro.
Ah! Era quarta.
Beijaram-se muito, muito mesmo.
Perderam o ar, os sentidos e uma pulseira que ela ganhou da tia.
Juraram amor eterno.
Ele, vestiu seu único terno.
E foi tentar, tentar, tentar.

Já era quinta, sexta, sábado, domingo, segunda, terça, quarta de novo...

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017



Acredite

Eu vejo beijos sinceros e choro
Não me enquadro direito nesse mundo
Acho que morrerei cedo
Mas não posso esperar tanto
Juro não tenho mais medo
Pois tantas vidas vivi e viverei
Vivi tantos reinos
Rainhas, princesas, plebeias
Nunca quis ser rei

Fui e entendi o caminho da felicidade
Linhas e novelos de simplicidade
Colchas e cobertores de muito amor
Tive sorte de ter pais encantados
Destes de contos de fada
Pude com muita vontade e trabalho
Sobreviver com minha escrita
Bendita escrita

Tenho amigos que me abraçam
E eles me confortam e estão sempre comigo
Não são muitos, mas são o bastante
Sofro muito para provar que é o simples que quero
Há um silêncio em mim que grita
E mesmo que tenha errado muito, fui sincero
Em vez de inventar o que seria alegria
Fui ser aprendiz
E aos poucos fui entender o que era ser feliz

Eu choro muito porque aprendi a perceber
Este verbo de ligação que ninguém lê
Tudo é muito rápido, meu amigo
Para ter que sempre olhar o lado ruim
Procure a luz, aquela do fim do túnel
E acredite ela sempre está bem aqui
Não queira ser o dono de toda a verdade
Seja apenas o dono da tua felicidade
Sobre ontem

Na minha fala não cabe outra boca que não seja a minha
Não sou guri de recados
Sei que a vida é um aprendizado
E lapidação

A verdade não deve ser segredo
Que fique claro
Já me assustei muito na vida e resisti
para agora ter medo

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Um conto de sarda


Uma menina com sarda
Brincava atrás da cortina
Desenhava uma fada
A solitária menina


Queria que a fada
Num toque de sua varinha
Retirasse do seu rosto a sarda
E ela detrás da cortina


A fada não entendendo nada
E achando tão bela a menina
Num toque doce de fada
Desapareceu com a cortina...


sábado, 25 de novembro de 2017

Tudo ao seu tempo


O que estava tão longe se vê à beira
um toque agora desenha o encaixe
com peças de um quebra-cabeça
guardado pelo tempo
um relógio quebrado não retarda hora alguma
tudo ao seu tempo
e o amor não é cúmplice do meteorologista


Nós

Nós para atar
Nós atados
Nós sem par
Cegos por nós
Nós soltos
Despercebidos
Nós lidos
Esquecidos
Nós para juntar
O inconcebível
Acredito
Em nós para sempre

domingo, 19 de novembro de 2017

Acredite

Eu vejo beijos sinceros e choro
Não me enquadro direito nesse mundo
Acho que morrerei cedo
Mas não posso esperar tanto
Juro não tenho mais medo
Pois tantas vidas vivi e viverei
Vivi tantos reinos
Rainhas, princesas, plebeias
Nunca quis ser rei
Fui e entendi o caminho da felicidade
Linhas e novelos de simplicidade
Colchas e cobertores de muito amor
Tive sorte de ter pais encantados
Destes de contos de fada
Pude com muita vontade e trabalho
Sobreviver com minha escrita
Bendita escrita

Tenho amigos que me abraçam
E eles me confortam e estão sempre comigo
Não são muitos, mas são o bastante
Sofro muito para provar que é o simples que quero
Há um silêncio em mim que grita
E mesmo que tenha errado muito, fui sincero
Em vez de inventar o que seria alegria
Fui ser aprendiz
E aos poucos fui entender o que era ser feliz
Eu choro muito porque aprendi a perceber
Este verbo de ligação que ninguém lê
Tudo é muito rápido, meu amigo
Para ter que sempre olhar o lado ruim
Procure a luz, aquela do fim do túnel
E acredite ela sempre está bem aqui
Não queira ser o dono de toda a verdade
Seja apenas o dono da tua felicidade




quarta-feira, 15 de novembro de 2017

O olhar mexe com o corpo, arrepia a alma, aquece o mais do que o tanto...
A cor do tato desenha o corpo, redescobre a alma, expõe o mais do que o tanto...
A boca umedece o corpo, acalenta a alma, deseja o mais do que o tanto...

O amor é a refeição do olhar, do corpo, da alma e do mais do que o tanto...


terça-feira, 14 de novembro de 2017


Quem ama não data.


segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Há de ser inconveniente
para muita gente
essa minha mania
de me lapidar com o erro
não que isso
me absolva do ato
mas de fato
é preciso atenção
viver bem
é um passo entre

o aprender e o perdão

domingo, 12 de novembro de 2017

Quando a exatidão descobre que a surpresa é fundamental

Baldes de mares teimam em encher dedais
Assim esquecemos os beijos no meio da tarde
Das cartas redigidas a mão


É preciso surpreender
O amor necessita de arrepios e friozinhos na barriga
Amor não tem botão de liga e desliga

Botões que valem de verdade
São os que deliciosamente abrimos para sentir o corpo amado







Solidão


É tarde
a noite arde
é pressa
a lua cresce
é madrugada
a nuvem passa
é frio
o conhaque aquece
e um estopim 
brinca à beira de uma fogueira


Essa chuva

Acende uma chuva aqui dentro
Vindo de um lustre com uma luz fraca
Uma dor conta pingos
Uma espera que o destino crava
Um “não sei lá” que responde tudo
Uma alma que não se lava
Um grito encharcado e mudo
Um querer quase absurdo
Vontade de te ver
Um amor que me faz ser
Tudo aquilo que eu sempre quis ser
E essa chuva que não passa
Autobiografia

Não é meu choro que chora
É a minha vida que agora sorri
Quis partir, quis ir embora
Mas o meu agora sempre foi aqui
Minh’alma é clara e transparente
Se voei demais foi por intenção
E quem não entendeu esses voos
Foi porque não entendeu meu coração
Sempre fui muito feliz
Porque aprendi que a vida é emoção
Não troco abraço de amigo por nada
Não troco beijo da mulher amada
O que errei foi com muita convicção





"Há" tempos

Há tempos
navegar era um ato de remos e lágrimas
Águas que rolavam de rostos
entre ondas que quebravam em gritos
em calmarias que encaminhavam barcos

Há tempos
naufragar era um ato de provocar a sede
Hoje mares moram em copos
Imensidão é uma questão de tato


Segunda-feira após uma solidão de mar

O tempo é um velho professor. 
Escreve calma, paciência, compreensão, claridade

para dizer amor.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

PARA CAU (Luiz Carlos Cancellier de Olivo)

A FORÇA BRUTA
NÃO DEVE CALAR A LIBERDADE
NEM AFASTAR DO HOMEM, A LUTA
NEM AFASTAR DO FATO, A CLARIDADE

UM HOMEM E A SUA HONRA
SUA FALA, SEU ENSINAMENTO
PELO MANTO DA DEMOCRACIA
O ÓDIO NÃO CALA UM PENSAMENTO

SEU DISCURSO FORA ESCRITO
EM CADA MOMENTO DE VIDA
SUA CASA FOI O ENSINO
PROFESSOR ATÉ NA PARTIDA

SUA NUDEZ VESTIU NOSSOS SONHOS
CORAÇÃO, CORAGEM E CONSCIÊNCIA
UMA LEGADO, UMA LIÇÃO
EM NOME DA INOCÊNCIA

QUE A JUSTIÇA SEJA FEITA
COM OS OLHOS DA IGUALDADE
QUE EM TODO O JULGAMENTO QUE SE FAÇA
QUE SEJA PELA LUZ DA VERDADE

JUSTIÇA, JUSTIÇA, JUSTIÇA
ALIMENTO PARA A NOSSA FOME
ÁGUA PARA A NOSSA SEDE
QUE SEJA FEITA A JUSTIÇA DOS HOMENS

CAU VIVE

quarta-feira, 1 de novembro de 2017



FRASES DA HORA DO CAFÉ


Calor em dias frios, 
rasgos em tecidos finos, 
céu de bocas famintas: 
o grito não atende a previsão do tempo...




O dia tropeça na tarde, mas quem cai é a noite.
Talvez o amor tenha muito mais que claros segredos...



Já virei a página sem ter entendido o livro. 
(Meu amigo, amor não é adivinhação)...
Na minha fala não cabe outra boca que não seja a minha
Não sou guri de recados
Sei que a vida é um aprendizado
E lapidação

A verdade não deve ser segredo
Que fique claro
Já me assustei muito na vida e resisti
para agora ter medo

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Frases soltas presas ao tempo



A confusão ardia
noites quentes
ventos de calmaria
mormaços de Joanas e Marias
bêbadas madrugadas sem fatias
tempo do presente não tão perfeito
olhares sem garantias
orações sem leitos
saudade tatuada em folhas de samambaias

domingo, 29 de outubro de 2017

Ainda sobre o "longe"

Presença é muito mais do que corpos juntos
Presença é sentimento, comprometimento, clareza, harmonia
Presença é confiar, compreender,
sinto-me iluminado pela distância
pois ela me diz que tudo é verdade
estou perto..
Declaração de amor rasgado

Rasgou minhas cartas,
rasgou minhas fotos,
rasgou meus livros,
e, por último,
rasgou as próprias roupas,

e fizemos amor na sala...







Vias de fato

Tuas palavras invadem meu silêncio e minha casa
Provocam meus gestos e desenham minhas poesias
Perco-me na estranha sensação de não estar no comando do barco
Julgo que perdi minha bússola, meu mapa e, minhas asas
O fato que teu sorriso é de fato minhas reais vias
E falar de amor sem falar teu nome faz o amor vago

Nossa história é história de final feliz e todo mundo sabe
Pois existe uma varanda a espera do nosso beijo
O destino atiça, provoca e sempre nos coloca perto
E o sentimento por ser mais do que o tanto não cabe
No significado mais amplo do que seja querer e desejo

Um dia, eu sei, daremos bem certo

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Conversas

Ainda assim, acredito em minha varanda, em minha rede, em minha poesia... acredito que tudo é simples demais e complicamos tudo. Ainda assim, acredito em andar de mãos dadas, em dormir de conchinha e outras posições de encaixes. Ainda assim, sigo a buscar, a "me" perder, a "me" encontrar e, tenham certeza que o tempo passa rápido
demais e precisamos aproveitá-lo com muito amor, em todos os sentidos. Ainda assim, continuo a passear na praia, a escutar as gaivotas e a todo o momento resgatar o menino que mora dentro de mim. Às vezes me pergunto se estou no mundo certo. A resposta vem rápida: com certeza, não.




segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Copos
Um copo d´água beira também a inundação
é preciso entender os mares, as marés e os ventos
e saber diferenciar cada embarcação
a água que mata a sede também é a lágrima em outro momento
quem haverá de entender rios apaixonados por correntezas?


quinta-feira, 19 de outubro de 2017




Dona Zica e Cartola
                     
“Me” liga e diz o que acontece.
Declame feito Dona Zica.
“Me” liga para que eu não fique sozinho.
Declame “a vida é um moinho”.

E quando quiseres, minha rosa,
Lembre que amor não se aprende em escola.
Assim te chamarei de Dona Zica.

E sonho que um dia me chames de Cartola.


Assim

Que desatino de vida, que maçaroca doida e doída, que vai assim, feito punhal, a desbravar o meu peito. Esse peso nas costas, essa luta para defender o que é de direito.

Que o amor seja a costura, chuleio de colchas que nos abrigarão de noites frias, um canto de tanto tempo a trilhar nossos momentos, essa luta de fazer o que precisa ser feito.


Procure o abraço antes do grito, procure o amigo antes do medo, entenda que como está esse mundo, só o mar do entendimento te fará navegar, essa luta para mostrar que as velas precisam de mar.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Silêncio
O relógio está quebrado.
A carta não tem selo nem CEP.
A mensagem bebeu a garrafa.

domingo, 15 de outubro de 2017

Assim

O poeta é um solitário
É tão difícil não sê-lo
É tanto enleio
Em rolos de tantos novelos
A palavra se agiganta
Faz café, almoço e janta

O alimento é toda a vida
Ser poeta é chegada junto com a despedida
Pessoa falava da dor
A nossa dor tão doída
Faz a palavra nascer
Entre os fins de toda a lida

Mas não se enganem
Que o amor é fonte de linhas
E escreve romances tão lindos
Cravados na Mãe Poesia
E mesmo na solidão
O amor é uma rima tão minha