segunda-feira, 30 de janeiro de 2017






Gumes
Julgo ser inteiro o que me deixa em pedaços,
o que me faz ser devaneio
o que atiça meus medos,
me faz agosto em fevereiro, desvenda, sem bulas, meus segredos...
Me deixa inteiramente pela metade.

domingo, 29 de janeiro de 2017




Colcha de retalhos  

Meus amores estão nas entrelinhas de minha poesia
estão cobertos de rimas
estão encobertos por uma poeira fina de nome paixão
juntei tecidos tantos por tantos anos
tecidos suaves, finos, retalhos diversos e seda e chita
costurei uma colcha quente de lembranças
para acalmar meus invernos

sábado, 21 de janeiro de 2017


TANTO  (Para Marcia Caspary com amor e luz)

E eu ao falar dela fico rindo à toa, com cara de bobo, encantado e agradecido por ter em minha vida o amor de minha vida inteira.

AI... quantos dias a sonhar onde ela estava, o que fazia, o que provocava seus sorrisos...

Sabe, o amor que eu tinha era tão grande que ele se disfarçava, sumia, se transformava... embora não a visse eu a sentia e sabia que logo na próxima ou na outra esquina ou na outra dimensão ou galáxia ela seria minha parceira para sempre...

Dei de ombros aos dias que passavam a correr, enganei o tempo, reguei, conservei... entendi que o amor compreende a falta, desenha a esperança e se agiganta de repente, quando ele é sincero, forte e incondicional...

Hoje vejo que tudo valeu a pena, hoje tenho um amor que me faz sorrir demais... e os problemas diante dele ficam tão pequenos, viram conversas em varandas... e se dispersam...

Com ele em meu peito não tenho medo de nada, escudo encantado da mulher amada que protege o sentimento com fidelidade e confiança... abençoado amor que resistiu a tudo, que mesmo quando estava mudo, escrevia nas estrelas... claro que estava escrito... claro...

Ai meu amor... meu sol, meu amor inteiro... minha canção que me deu duas músicas e uma outra família linda... e que abraçou meus três sonetos...

Te amo para sempre, amor tem que fazer rir... e gargalhamos desde quando nos reencontramos...


Parabéns... há braços de luz e amor... minha amiga, minha companheira, minha amante, parceira, minha flor d’alma.....

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017





Será que é difícil falar de gentileza e respeitar a opinião do outro? O que se constrói com ódio? Que mundo queremos? Posso perder trabalhos, mas não perderei minha coerência e ideologia. E continuarei discutindo o bom debate... Tenho certeza que diálogos transformam o mundo... e boas pessoas, independente de credos, times, partidos, ideologias... são os instrumentos desta transformação... Sou um profissional respeitado no mercado, mas jamais calarei no que acredito... perco trabalhos... mas não perco a ternura e a essência... Já fui barman, recepcionista de hotel, garçon, caixa de bar, e tenho orgulho de cada profissão que exerci, como já fui 
"coisas" maiores"... e sempre fui o Panda, o Dike e o cara de bem com a vida... Quem me conhece sabe... Não me venham com discursos de ódio... Boa noite a todos...



Esse desaguar de destinos
Irmãos doidos e doídos
Barcos de papel no meio-fio
Aonde chegarão?

Desolados pela saudade
Náufragos sem mar
Cartas escritas em portas
Onde jamais puderam entrar

Cresceram quase por imposição
Viveram ardentes quase sem querer
E quem haveria de saber
Que se fortaleceriam pela sofreguidão?

E nascem por encanto todos os dias
Se vestem com ternos brancos de linho
A menina se chama Poesia

E o menino é chamado de Carinho
FALTAS

Que tanta chuva nesse copo
Que tanta mágoa nesse corpo
Que tanto náufrago com mapa
Que tanto barco sem porto

Que tanto vento sem pandorga
Que tanta linha sem horizonte
Que tanto varal sem outorga
Que tanta roupa sem fonte

Que tanto amor sem destinatário
Que tanta palavra sem zelo
Que tanto remetente ordinário
Que tanta carta sem selo


terça-feira, 17 de janeiro de 2017





Essa chuva

Acende uma chuva aqui dentro
Vindo de um lustre com uma luz fraca
Uma dor conta pingos
Uma espera que o destino crava
Um “não sei lá” que responde tudo
Uma alma que não se lava
Um grito encharcado e mudo
Um querer quase absurdo
Vontade de te ver
Um amor que me faz ser
Tudo àquilo que eu sempre quis ser
E essa chuva que não passa

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Verbos  

Há dias que nem me vejo
Passo sem ver meu querer
Um café da manhã sem gosto nem desejo
Uma sensação de quase morrer

Noutros dias vejo tudo diferente
Entendo quase morrer como estalar
Vejo uma vontade latente
Uma maravilhosa sensação de tentar

No parque de diversão do destino

As gangorras estão cheias...


quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Todo o desatino que compreende a minha paz e ansiedade
Percorre a simplicidade que alivia a dor
A vida ensina e nós teimamos em não aprender
Que ser é o caminho
E que olhar para o lado deve ser o olhar de todo dia
A felicidade, muitas vezes, é um livro não lido
Não dê ouvidos aos gritos de quem não quer ler

Mas, abrace e ensine a leitura de quem procura ser feliz